domingo, 27 de janeiro de 2008

Poder social

A sociedade não precisa se reincantar a cada dia, pois tem a capacidade de se impor sobre as consciências individuais.
Neste caso qual é a questão do poder e do desassossego da alma de indivíduos refugiados na solidão do mundo racionalizado?
Acho que a dominação exercida pela sociedade sobre os indivíduos através do Estado e calçada no racionalismo e na surdiracia pode vir a fazer com que estes indivíduos sintam-se como prisioneiros dentro de uma "pokebola".

domingo, 20 de janeiro de 2008

Vida: Bactéria dá a luz à Superbactéria!

O antibiótico Linezolid é a mais recente arma dos médicos na luta contra os micróbios, que sofrem mutações constantes. A droga, até agora era considerada infalível no combate às chamadas "superbactérias", resistentes a outros tratamentos.
No entanto, um hospital americano (tudo acontece na América) já informou ter identificado uma variedade de bactéria resistente ao novo antibiótico. Em cinco pacientes que foram tratados com o medicamento, a superbactéria chamada enterococcus bacterium, sofreu mutação e sobreviveu ficando livre para se reproduzir, tomando rapidamente o lugar das outras bactérias que foram destruídas por não ter resistência ao medicamento.
A enterococcus bacterium pode viver durante semanas em roupas de cama, capas de teclados de computadores e debaixo de unhas de acrílico.
"Os resultados desse estudo mostram claramente a necessidade das pessoas lavarem as mãos com freqüência e desinfetarem os ambientes de locais de tratamento de saúde", afirmou o pesquisador Kris Owes, da Ecolab (q q isso?).
(O curioso é que ao invés deste cidadão acrescentar algo importante e útil, ele simplesmente repetiu o que nossas mães nos ensinam desde criancinhas.)
Esta bactéria safada é bastante comum e geralmente inofensiva, podendo ser encontrada na pele e no nariz de cerca de 30% das pessoas e pode gerar problemas incômodos, como coceiras e bolhas.
O Hospital é o “parquinho de diversão” para uma variante da bactéria, a (prima) MRSA, lá ela ganha a força do He-man para provocar infecções sérias, muitas vezes mortais, entre as quais a fasciíte necrosante, ou doença "comedora de carne". A MRSA consegue sobreviver a todo tipo de medicamento, com exceção de um antibiótico chamado vancomicina.
Um estudo realizado no Hospital Northwestern Memorial, de Chicago (EUA, de novo!), descobriu que os teclados de computador podem contaminar os dedos, protegidos ou não por luvas, de um enfermeiro ou médico, que então levaria a bactéria até um paciente.
Pesquisas mostraram que, apesar da importância da higiene das mãos, médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde com freqüência não as lavam de forma adequada, (isso prova que a diferença abiótica* entre um hospital e um chiqueiro é que a lavagem é servida a seres humanos).

* fator abiótico: todas as influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Invenções da China

Os antigos chineses tinham uma das civilizações mais cientificamente avançadas do mundo.
Seus feitos incluem as quatro grandes invenções da China: a bússola, a pólvora, o papel e a impressão.
Além desses feitos, criaram também a porcelana, que se tornou possível com o desenvolvimento de fornos especiais, capazes de queimar o caulim, um tipo de argila branca, à temperaturas muito altas (por volta de 1.200 graus centígrados), para obter um material duro e não-poroso.
Outra invenção foi a seda, que tem uma aparência cintilante, devido à estrutura triangular da fibra, parecida com prisma, que refrata a luz. É um dos tecidos mais usados na China, e começou a ser produzido por volta do ano 2.700 a. C.. Diz a lenda que a Imperatriz Ling Chi descobriu a seda quando um casulo de bicho-da-seda caiu de uma amoeira dentro de sua xícara de chá. Depois de experimentar algumas vezes, ela finalmente conseguiu tecer o filamento da seda num pedaço de tecido.
Já a primeira bússola do mundo foi inventada durante a Dinastia Qin. Ela é feita com magneto, um mineral do óxido de ferro que se alinha na direção norte-sul, devido ao campo magnético da terra.
O papel foi inventado na China cerca de 3.000 depois que os antigos egípcios usaram o papiro para a escrita. Cai Lun, um oficial do governo da Dinastia Han Oriental, produziu papel ao misturar casca de amoeira e fibras de bambu.
Já a impressão de tipos móveis foi inventada durante a Dinastia Song. Os caracteres móveis chineses eram gravados em madeira, que podia ser disposta conforme a necessidade e até reutilizada. Antigamente usavam argila, mas esta se quebrava com facilidade.
Durante Dinastia Ming, os tipos móveis de madeira foram refinados, e os livros eram impressos usando um processo de impressão de duas cores.
No século 8, ao final da Dinastia Tang, foi descobreta uma fórmula para fazer pólvora, feita de uma combinação de salitre e enxofre com carvão. A pólvora ou "huo yao" foi usada inicialmente para fazer fogos de artifício e chamas para sinalização. Mais tarde, foram inventadas as granadas de mão simples, atiradas sobre o inimigo por meio de catapultas.

Novidade: bolsa-estupro ou bolsa-bastardo!

Previsão apocalíptica: No futuro, seremos todos filhos bastardos de mães estupradas!

Se um dia este projeto de lei for aprovado, nada, mas nada no mundo impedirá que TODOS os nascimentos no país se devam a casos de estupro. Criar um incentivo financeiro para que as mulheres estupradas não abortem o rebento é a idéia do deputado Henrique Afonso (por sinal, o grande son of a bitch é nosso empregado).

Esta bolsa-bastardo iria abastecer a família da mulher vítima de estupro durante 18 anos para que esta crie um filho que nunca desejou com metade do DNA de um homem que odeia.

O cúmulo do absurdo é citação “evangélica” do congressista:
“O aborto, para nós evangélicos, é um ato contra a vida em todos os casos, não importa se a mulher corre risco ou se foi estuprada”, afirma o deputado Henrique Afonso. “Essa questão do Estado laico é muito debatida, tem gente que me diz que eu não devo legislar como cristão, mas é nisso que eu acredito e faço o que Deus manda, não consigo imaginar separar as duas coisas.”

Ele deveria criar uma nova bolsa, a bolsa-idiota. Ela pagará mensalmente um salário mínimo para todo o idiota que se resumir a não fazer nada o dia inteiro.

O Caos é a essência


A Teoria do Caos vem restituir o significado mais profundo do conceito de caos. Para além de seu significado pejorativo de confusão ou desordem, significa que há estados de organização interrelacional da matéria (um sistema) que são regidos por princípios descontínuos, instáveis, dinâmicos e complexos.

Tais conceitos surgem para auxiliar buscas, diametralmente, opostas às inspiradas pela revolução einsteniana do início do século XX. O que antes significava ordem, agora significa uma das possibilidades de organização.

Portanto há ordem na desordem e desordem na ordem. Pois bem, a título de ferramenta intelectual o modelo da Teoria do Caos lança novas inspirações para pensarmos o modo como nossa sociedade está organizada.

São elas:
Atratores = um conjunto de comportamentos característicos para o qual evolui um sistema dinâmico independentemente do ponto de partida;

Espaço de fase = espaço abstrato multidimensional onde se representa o comportamento de um sistema, suas dimensões são as variáveis do sistema;

Fractais = objetos geométricos não-euclidianos que possuem infinitos detalhes, geralmente auto-similares e independentes de escalas.

Vistos os conceitos básicos, partamos para uma de suas operacionalizações possíveis.

Pois bem, a Teoria do Caos nos serve como uma provocação para irmos além do modo corriqueiro de vermos o mundo e suas interrelações. No caso a utilizemos para vermos as sociedades humanas e chegarmos à situações não vistas até então.

- O conceito de atratores pode ser usado para pensarmos: porque certos movimentos sociais tendem a convergir sempre a uma situação onde suas ações se tornam nulas ou estéreis? Por exemplo, movimentos cujas ações sempre tendem a optar por formas de pressão a tanto insuficientes, tais como levantar cartazes, fazer greves de fome e/ou gritar pelas ruas chavões inócuos e palavras de ordem incompreensíveis.

- O conceito de espaço de fase pode nos ajudar a pensarmos: porque as manifestações de rua, ou em outros espaços controlados, definem o estado potencial da realização da demanda? Por exemplo, manifestações cujos interesses são, a curto ou médio prazo, absorvidos por programas político-partidários para autopromoção, tais como os direitos trabalhistas, passes livres para estudantes, ou cotas para minorias étnicas ou para classes menos favorecidas economicamente.

- O conceito de fractais pode servir de auxílio para pensarmos: porque a configuração do modo como de organização social tende, ora a regras fixas de hierarquia, ora a recorrência de modelos ultrapassados historicamente, e não aos processos estocásticos (eventos aleatórios) históricos. Por exemplo, organizações sociais como, grandes centrais sindicais semelhantes às hierarquias de associações empresariais, ou instituições públicas laicas à imagem de estruturas monásticas e sacerdotais religiosas, ou ONGs que atuam como organizações governamentais.

Para contribuir na abertura de novos horizontes de conhecimentos é preciso fazer usos das mais variadas ferramentas intelectuais. É necessária uma autonomia generalizada ao pensamento. Algo indispensável à soberania do ato social, onde todo atuante (seja individual ou coletivo) define a situação e a finalidade de tal.

Não insistirei aqui na situação de que é necessária uma ação radical dos modos de como uma ferramenta intelectual deva ser difundida ou apropriada, mas deixarei assinalado que qualquer agente social não pode ser determinado pela obediência civil do que é comumente ensinado e desconversado nas escolas, nos meios de comunicação ou nas rodas de conversa do dia a dia.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O Etnocentismo - II

Esclarecendo: na minha opinião não importa se me misturo ou me isolo na sociedade. Uma hora terei que me socializar com alguém, mesmo que seja de forma superficial.

Ao permitir que o outro invada meu mundo interior, posso analizar a mim mesma por espelhamento ao outro.

A concentração do problema consiste naquilo que nos distanciam cada vez mais de uma vida social comum.

Só vejo amizades e namoros baseados em diálogos superficiais, principalmente porque perdemos a prática de confiar uns nos outros. Nisso a conversa só gira em torno de assuntos comuns às pessoas presentes naquele dado momento.

A maioria destes fazem parte de uma rotina-círculo sem qualquer capacidade de interpretação de problemas próprios e o mundo em que estão.

São pessoas limitadas em relação à vida intelectual, geralmente possuem uma idéia distorcida de diversão e esquecem de desenvolver uma personalidade com valores morais dígnos.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O Etnocentrismo - I

Etnocentrismo para uns: " é uma visão de mundo onde o nosso próprio grupo social é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através de nossos valores, nossos modelos e nossas definições do que é existência."

Para outros: "consiste em repudiar pura e simplesmente as formas culturais, morais e estéticas que são as mais afastadas daquelas com as quais nos identificamos."
Para mais alguém: "as outras tribos, grupos ou aldeias não participam das virtudes ou mesmo da natureza humana mas são, como muitos, tachados de macacos da terra ou ovos de piolho."

Sendo assim, o etnocentrismo pode ser visto como uma tendência (existente na cultura e hábitos de todo e qualquer grupo social) de achar que o outro (ou a cultura ou o hábito de outro grupo social) está mais perto do "natural" que do simples "fingir" ser como a maioria é.

Dito de outra forma, o etnocentrismo consiste na rejeição estética ou moral ao outro. Por isso um certo antropólogo francês Claude Levi-Strauss afirmou que "a humanidade cessa nas fronteiras da tribo, do grupo linguístico, às vezes mesmo no mesmo convívio."
"Jesus não tem dentes no país dos Banguelas" (Titãs)

"Afirmo que os gregos pertencem a uma mesma família e são parentes entre si e que os bárbaros pertencem a uma família diferente e estranha." (Platão)

Quase conclusão:

Nos anos de mil novencetos e bolinha e no início de dois mil e qualquer coisa, o ponto de vista evolucionosta acreditava que a história de toda a humanidade era única em sua origem, em sua experiência e em seu processo; supunha que as diferenças entre as culturas e gostos distintos se deviam aos diferentes grupos onde as pessoas se aglomeravam.

Agora concluindo:

Não levem muito à sério o que acabaram de ler, pois está claro (ao menos para mim) que Levis-Struss, Platão e outros não eram tão brilhantes assim, confundindo então ecleticismo com aquela necessária solidão.

... para ver meu ponto de vista, aguarde: O Etnocentrismo - II