quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Independência ou morre, diabo

Enfim semana da pátria. Mais um ciclo de rememoração do grito do Ipiranga para fixar a idéia do 07 de Setembro em todo país. O Brasil comemora o seu “quatro de julho” contando 189 anos de independência, que permitiu maior liberdade de ação aos grupos detentores de poder por aqui. O pobre temeroso assistia as confluências políticas pensando: “vai melhorar ou vai piorar?”. Acho que até hoje essa pergunta persiste para ele.

Mas vamos a uma breve aula de história: No longínquo ano de 1822, Dom Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon (porra!) teria gritado sobre seu cavalo a frase lendária que marcaria os livros de história:
Independência ou morte!

Atualmente, a frase nos diz apenas que alguém está perdido e não sabe se pega a Av. Independência ou a Rua Boa Morte. Mas na época, representava o ideal da burguesia brasileira em cessar com o controle da corte portuguesa sobre os negócios tupiniquins.

Hã? Nada disso. A Família Real portuguesa já havia vazado do Brasil em 1808 pra se defender contra Napoleão, o baixinho invocado da época. Aí surgiu o ditado que deveria – este sim – ser a frase oficial da Independência do Brasil:

Foi pra Portugal, perdeu o “lugal”!

Na verdade essa merda dessa “fuga” foi um acordo pra deixar Dom Pedro cuidando da colônia: isso foi a nossa aclamada independência. Há histórias piores que afirmam que, na ocasião do Grito da Independência, Dom Pedro não estaria num alazão branco, mas numa mula encardida, animal mais apropriado para viagens longas… já que ele vinha de Santos onde encontrara sua amante…

Voltando ao presente, ataco a democracia, mas cada um tire que suas próprias conclusões.

Democracia... lembra o quê? Alguns dirão igualdade, outros liberdade, ou mesmo a famosa fraternitè. Mas as pessoas acreditam mesmo nisso ou se afirma constantemente para que a idéia não desmorone? É complicado falar de igualdade e liberdade numa era em que a maioria da população mundial é composta de miseráveis. Então vem aquele babaca e diz: “pelo menos podemos nos expressar, exercer o direito de ir e vir, lutar pela mudança”.

Mesmo? Quem pode se expressar? Quem têm acesso às mídias, quem lê jornal todos os dias e quem pode se dar ao luxo de sentar numa mesa de bar na Vila Madalena e discutir política? Quem pode abandonar mulher e filhos e partir rumo a Nossa América ou qualquer outro lugar que seja? Ou melhor, quem pode fazer isso e levar a mulher e os filhos juntos? Quem pode lutar pela mudança quando grevistas são taxados de vândalos e/ou demitidos com o aval da opinião pública? Porque as contas não permitem um só descanso, nem mesmo um vão desejo de melhorar a si próprio. Permite sim a ilusão, para fazer a maquina funcionar, para que o babaca lá acredite que é livre, que faça um curso idiota achando que esta investindo em si mesmo, quando na verdade está comprando um item que lhe permite dar mais lucro aos grandes.

Concluindo esse ponto de vista: a democracia é uma mentira (ao menos a nossa democracia), a liberdade é uma ilusão e o movimento estudantil é uma franchising de fast food vermelha. Devemos nos lembrar que tais conceitos são conceitos idealistas e que na prática eles são perfeitos pra quem manda e gosta de mentir de um modo que convença quem não tem muito tempo pra pensar em 'política' (leia-se governo e afins).
Então no fim, a liberdade e a igualdade é pra quem manda. E isso inclui esquerda e direita.

Esclarecendo:
-> Democracia = Significado: s.f.(a) 1. Forma de governo em que o povo elege livremente seus representantes e exerce a soberania do Estado mediante um sistema partidário pluralista, com liberdade de imprensa, de manifestação, de associação e de organização política e respeito aos direitos civis e individuais do cidadão. 2. Estado que adota essa forma de governo. 3. Só estando muito apaixonado pra acreditar nisso..

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