quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Influenza no mundo:

Situação epidemiológica e preparação para a Pandemia.
Influenza
Pandemias do século XX
Sistema global de vigilância virológica
Intervenções para prevenção e controle
Componentes do plano de contingência
Prioridades

Vírus da Influenza
Descrito em 1933
Tipos principais
A,B (mais importantes)
C (casos esporádicos e surtos pequenos)
Influenza A
Vários subtipos
Circulação entre humanos H1N1 e H3N2
Influenza B e C
Não tem subtipos
Só circulam em humanos
Todos os tipos de vírus produzem casos
Somente Influenza A produz pandemias

Padrões epidemiológicos
Pandemias mundiais (Influenza A)
1918-19: "Gripe Espanhola”
1957-57: "Gripe Asiática”
1968-69: "Gripe de Hong-kong”
Epidemias anuais Regionais ou Nacionais (Influenza A ou B)
Epidemias locais, esporádicas.

PANDEMIAS
1918 = “Gripe espanhola” (H1N1 similar à influenza suína) 20 milhões de mortes = Hospedeiros suínos e aves.
1957 = “Gripe Asiática” (H2N2) = Infecção mista (animal H2N2 + humana H1N1).
1968 = “Gripe de Hong Kong” (H3N2) = Infecção mista (animal H3N2+ humana H2N2).
1977 = “Gripe Russa” (H1N1) = Origem desconhecida similar a cepas humanas epidêmicas de 1950.

Pandemias de Influenza no século XX:
Por que há pandemias e epidemias?
Pássaros aquáticos são reservatórios
Alteração antigênica brusca (mutação) se dá com a transmissão entre espécies
O porco pode infectar-se com vírus aviários e humanos
Transmissão direta de aves a humanos em uma de duas oportunidades (Hong Kong, 1997 e 1999)

Como se originam as pandemias?
Emergência de vírus Influenza A com subtipo de hemaglutinina diferente das cepas circulantes em humanos nos anos precedentes
Pode ou não haver mudanças da neuraminidase
Alta proporção de suscetíveis para o novo vírus
Alta transmissibilidade
Recombinação genética entre vírus humanos e animais

Sistema de Vigilância Global - OMS
Vigilância Virológica
1947 Vigilância global para Influenza
Cada país:
Laboratório nacional
Rede de laboratórios
Sistema web-based FluNet
112 laboratórios em 83 países
4 centros de referência mundiais
Atlanta - EUA
Londres - Inglaterra
Melbourne - Austrália
Tokyo - Japão

Sistema de Vigilância Global - OMS
175,000 isolamentos/ano
Centros de referência mundiais
recebem 6,500 amostras/ano
sequenciam >1,000 amostras/ano
Recomendação para vacina: >240 milhões de doses de vacina no mundo
Apenas 9 países com instalações para produção da vacina

Sistema de Vigilância Américas
Até 1995 – poucas cepas
Desde 1997 - aumento
Parceria com o Center for Disease Control and Prevention - EUA (Centro para Controle e Prevenção de Doença)
Atividades de treinamento e capacitação
Iniciativa dos países
Necessidade de dados para sustentar políticas informadas de vacinação contra Influenza
16 países com laboratórios nacionais de referência
2000 Bolívia, Venezuela, Paraguai

Vacinação
Principal instrumento para prevenção e controle de pandemias e epidemias vacinação oportuna de pessoas sob risco
Priorizar a produção nacional de vacinas
Uso de vacina trivalente durante epidemias anuais
em grupos de risco
Úteis mas não substituem a vacinação
Antivirais clássicos para profilaxia e tratamento daInfluenza A
Novos inibidores da neuraminidase para tratamento daInfluenza A ou B

Tipos de Vacinas
Vacina inativada, via IM
Vacina vírus vivos atenuados adaptada ao frio, via intranasal
Não usada na América
Usada nos países da ex-URSS desde 1960

Efetividade da Vacina Inativada
Adultos jovens e crianças
Prevenção em 70% dos casos
Idosos não institucionalizados
Prevenção de 70% das hospitalizações
Idosos institucionalizados
Prevenção de 50-60% das hospitalizações e 80% das mortes relacionadas à influenza

Vacina inativada para o Hemisfério Sul
Quando vacinar?
Uma vez ao ano
Em zonas temperadas
em meses prévios a temporada de inverno (Abril-Maio)
E em zonas tropicais, subtropicais, andinas...
De acordo com a epidemiologia da região

Vacinação para influenza nos países1Países que vacinam anualmente os grupos de risco
1
Países sem vacinação anual

Vacinação durante pandemias
Preparar vacina monovalente
mais de 6 meses para produção plena
Grupos prioritários
pessoas responsáveis pelos serviços essenciais de saúde
grupos de maior risco de mortalidade
pessoas em contato próximo
Pré-escolares e escolares
disseminadores na comunidade

Grupos de risco que mais se beneficiariam da vacinação
Maiores de 64 anos
Residentes em instituições de doentes crônicos ou asilos
Doenças crônicas pulmonares (incluindo asma) e cardíacas
Doenças crônicas metabólicas (incluindo diabetes), renais, hemoglobinopatias, imunossupressão
Mulheres grávidas no 2o ou 3o trimestre
Pessoas que podem transmitir influenza a pacientes de alto risco
Grupos indígenas que vivem isolados
Outros...

Outras intervenções: Antivirais clássicos
Rimantidina ou Amantadina
Interfem com a replicação do vírus influenza A
Profilaxia
70-90% efetividade em prevenir a doença
Tratamento
Eficazes para diminuir duração dos sintomas se usadas dentro de 48 hs
Efeitos colaterais maiores:
SNC y GI– SNC: 13% amantadina e 6% rimantadina
GI: 1-3 %
Rimantadina
provoca menos efeitos colaterais
mais cara
– sem licença para uso em menores de 12 anos, porém sem evidência de contra-indicação
Genéricos – custo baixo
Pode levar a resistência – associada à vacinação

Novos Antivirais: Inibidores da neuraminidase
Zanamivir (inalação) Oseltamivir (oral)
Licença nos EUA para tratamento de influenza A e B (não para profilaxia)
Úteis para prevenção e tratamento
Baixa toxicidade
Causam menor resistência
Mais caros
Tratamento deve começar dentro de 48hs
Eficácia comparável à Rimantadina e Amantadina

Uso de antivirais (Rimantadina) em pandemias
Primeiras fases (vacina não disponível):
uso sistemático de antivirais como profilaxia
custo proibitivo
Requereria uso mantido por longos períodos
Necessidades sobrepõem a capacidade de produção
Prioridade:
tratamento (ou em alguns casos profilaxia) de:
pessoas ainda não vacinadas
» que trabalham em serviços essenciais
» de alto risco
Estoques estratégicos?

Situação do Plano de Preparo para Pandemias
Poucos países com planos nacionais, sobretudo em países em desenvolvimento
Muitos dos planos existentes são diretrizes
Grau de preparo local incerto
Viabilidade das propostas para estratégias de vacinação e uso de antivirais

Elementos Principais dos Planos de Pandemia
Coordenação geral
Vigilância
Vacinas e antivirais
Planejamento de serviços de saúde
Resposta emergencial
Comunicação

Coordenação geral
Estabelecer comitê nacional dapandemia e rede de decisões
Garantir respaldo legal

Vigilância
Identificar
Início da pandemia
Progressão no país
Dados de morbi-mortalidade ex. hospitalização, mortes, etc.
• Monitorizar

Uso de vacinas e antivirais
Eficácia e eventos adversos
Resistência à antivirais.

Vigilância Virológica
• Necessidades: Suprir gaps geográficos e melhorar vigilância em áreas inadequadas .
• Atividades: Expandir/iniciar vigilância, treinamento, apoio técnico, desenvolvimento dereagentes, envio rápido de amostras; resistência viral .
• Resultados: Melhor distribuição temporal e geográfica de dados virológicos; detecção maisoportuna de variantes e novas cepas para vacina; definição de sasonalidade, impacto e valor das intervenções.

Integração vigilância animal e humana
• Necessidades: Melhor conhecimento dos riscos que oferecem os vírus de aves e suínos aos humanos
• Atividades:
Iniciar/melhorar/integrar a vigilância de influenza em animais
estudos interface humana/animal; virulência, genética, patogenicidade e transmissibilidade; treinamento e reagentes
• Resultados: Entender natureza e fonte dos vírus pandêmicos, detecção precoce de vírus potenciais e cepas de vacinas

Vacinas e antivirais
Produção e abastecimento
Diretrizes para usos prioritários
Planejamento para armazenamento, distribuição e administração rápida
Monitorização de uso, efetividade, reações adversas e resistência.

Planejamento de serviços de saúde
Diretrizes para sistemas de saúde
Locais e profissionais adicionais
Diretrizes clínicas
Controle de infecção
Manejo de corpos
Medidas de controle comunitário

Resposta de emergência:
Manter serviços críticos de emergência

Comunicações:
Planejar, treinar e implementar sistema de comunicações
Preparo antecipado de material informativo e instrucional

Recomendações
Desenvolver Planos nacionais de contingência
Comitê multi-institucional e multisetorial
programa de vacinações
laboratórios de referência
autoridade nacional reguladora
serviços de atenção médica
• Eixos do plano de contingência• Mecanismos de gestão
Vigilância epidemiológica
Utilização de vacinas
Utilização de antivirais
Organização da rede de assistência
Comunicação e difusão rápida da informação

Participação:
Marlo - setor de Prevenção e Controle de Doenças
Héctor - setor de Imunização e Vacinação
(Partilha de Conhecimento - Ibama)

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