Influenza
• Pandemias do século XX
• Sistema global de vigilância virológica
• Intervenções para prevenção e controle
• Componentes do plano de contingência
• Prioridades
Vírus da Influenza
• Descrito em 1933
• Tipos principais
– A,B (mais importantes)
– C (casos esporádicos e surtos pequenos)
• Influenza A
– Vários subtipos
– Circulação entre humanos H1N1 e H3N2
• Influenza B e C
– Não tem subtipos
– Só circulam em humanos
• Todos os tipos de vírus produzem casos
• Somente Influenza A produz pandemias
Padrões epidemiológicos
• Pandemias mundiais (Influenza A)
• 1918-19: "Gripe Espanhola”
• 1957-57: "Gripe Asiática”
• 1968-69: "Gripe de Hong-kong”
• Epidemias anuais Regionais ou Nacionais (Influenza A ou B)
• Epidemias locais, esporádicas.
PANDEMIAS
1918 = “Gripe espanhola” (H1N1 similar à influenza suína) 20 milhões de mortes = Hospedeiros suínos e aves.
1957 = “Gripe Asiática” (H2N2) = Infecção mista (animal H2N2 + humana H1N1).
1968 = “Gripe de Hong Kong” (H3N2) = Infecção mista (animal H3N2+ humana H2N2).
1977 = “Gripe Russa” (H1N1) = Origem desconhecida similar a cepas humanas epidêmicas de 1950.
Pandemias de Influenza no século XX:
Por que há pandemias e epidemias?
• Pássaros aquáticos são reservatórios
– Alteração antigênica brusca (mutação) se dá com a transmissão entre espécies
– O porco pode infectar-se com vírus aviários e humanos
– Transmissão direta de aves a humanos em uma de duas oportunidades (Hong Kong, 1997 e 1999)
Como se originam as pandemias?
• Emergência de vírus Influenza A com subtipo de hemaglutinina diferente das cepas circulantes em humanos nos anos precedentes
• Pode ou não haver mudanças da neuraminidase
• Alta proporção de suscetíveis para o novo vírus
• Alta transmissibilidade
• Recombinação genética entre vírus humanos e animais
Sistema de Vigilância Global - OMS
• Vigilância Virológica
• 1947 – Vigilância global para Influenza
• Cada país:
– Laboratório nacional
– Rede de laboratórios
• Sistema web-based – FluNet
• 112 laboratórios em 83 países
• 4 centros de referência mundiais
– Atlanta - EUA
– Londres - Inglaterra
– Melbourne - Austrália
– Tokyo - Japão
Sistema de Vigilância Global - OMS
• 175,000 isolamentos/ano
• Centros de referência mundiais
– recebem 6,500 amostras/ano
– sequenciam >1,000 amostras/ano
• Recomendação para vacina: >240 milhões de doses de vacina no mundo
• Apenas 9 países com instalações para produção da vacina
Sistema de Vigilância Américas
• Até 1995 – poucas cepas
• Desde 1997 - aumento
– Parceria com o Center for Disease Control and Prevention - EUA (Centro para Controle e Prevenção de Doença)
– Atividades de treinamento e capacitação
– Iniciativa dos países
– Necessidade de dados para sustentar políticas informadas de vacinação contra Influenza
• 16 países com laboratórios nacionais de referência
• 2000 – Bolívia, Venezuela, Paraguai
Vacinação
• Principal instrumento para prevenção e controle de pandemias e epidemias – vacinação oportuna de pessoas sob risco
• Priorizar a produção nacional de vacinas
• Uso de vacina trivalente durante epidemias anuais
– em grupos de risco
• Úteis mas não substituem a vacinação
– Antivirais clássicos para profilaxia e tratamento daInfluenza A
– Novos inibidores da neuraminidase para tratamento daInfluenza A ou B
Tipos de Vacinas
• Vacina inativada, via IM
• Vacina vírus vivos atenuados adaptada ao frio, via intranasal
– Não usada na América
– Usada nos países da ex-URSS desde 1960
Efetividade da Vacina Inativada
• Adultos jovens e crianças
– Prevenção em 70% dos casos
• Idosos não institucionalizados
– Prevenção de 70% das hospitalizações
• Idosos institucionalizados
– Prevenção de 50-60% das hospitalizações e 80% das mortes relacionadas à influenza
Vacina inativada para o Hemisfério Sul
• Quando vacinar?
– Uma vez ao ano
– Em zonas temperadas
• em meses prévios a temporada de inverno (Abril-Maio)
– E em zonas tropicais, subtropicais, andinas...
• De acordo com a epidemiologia da região
Vacinação para influenza nos países1Países que vacinam anualmente os grupos de risco
1Países sem vacinação anual
Vacinação durante pandemias
• Preparar vacina monovalente
– mais de 6 meses para produção plena
• Grupos prioritários
– pessoas responsáveis pelos serviços essenciais de saúde
– grupos de maior risco de mortalidade
– pessoas em contato próximo
– Pré-escolares e escolares
– disseminadores na comunidade
Grupos de risco que mais se beneficiariam da vacinação
• Maiores de 64 anos
• Residentes em instituições de doentes crônicos ou asilos
• Doenças crônicas pulmonares (incluindo asma) e cardíacas
• Doenças crônicas metabólicas (incluindo diabetes), renais, hemoglobinopatias, imunossupressão
•Mulheres grávidas no 2o ou 3o trimestre
• Pessoas que podem transmitir influenza a pacientes de alto risco
• Grupos indígenas que vivem isolados
• Outros...
Outras intervenções: Antivirais clássicos
• Rimantidina ou Amantadina
– Interfem com a replicação do vírus influenza A
• Profilaxia
–70-90% efetividade em prevenir a doença
• Tratamento
– Eficazes para diminuir duração dos sintomas se usadas dentro de 48 hs
• Efeitos colaterais maiores:
– SNC y GI– SNC: 13% amantadina e 6% rimantadina
– GI: 1-3 %
• Rimantadina
– provoca menos efeitos colaterais
– mais cara
– sem licença para uso em menores de 12 anos, porém sem evidência de contra-indicação
• Genéricos – custo baixo
• Pode levar a resistência – associada à vacinação
Novos Antivirais: Inibidores da neuraminidase
Zanamivir (inalação) Oseltamivir (oral)
• Licença nos EUA para tratamento de influenza A e B (não para profilaxia)
• Úteis para prevenção e tratamento
• Baixa toxicidade
• Causam menor resistência
• Mais caros
• Tratamento deve começar dentro de 48hs
• Eficácia comparável à Rimantadina e Amantadina
Uso de antivirais (Rimantadina) em pandemias
• Primeiras fases (vacina não disponível):
– uso sistemático de antivirais como profilaxia
• custo proibitivo
• Requereria uso mantido por longos períodos
• Necessidades sobrepõem a capacidade de produção
– Prioridade:
• tratamento (ou em alguns casos profilaxia) de:
– pessoas ainda não vacinadas
» que trabalham em serviços essenciais
» de alto risco
– Estoques estratégicos?
Situação do Plano de Preparo para Pandemias
• Poucos países com planos nacionais, sobretudo em países em desenvolvimento
• Muitos dos planos existentes são diretrizes
• Grau de preparo local incerto
• Viabilidade das propostas para estratégias de vacinação e uso de antivirais
Elementos Principais dos Planos de Pandemia
• Coordenação geral
• Vigilância
• Vacinas e antivirais
• Planejamento de serviços de saúde
• Resposta emergencial
• Comunicação
Coordenação geral
• Estabelecer comitê nacional dapandemia e rede de decisões
• Garantir respaldo legal
Vigilância
• Identificar
• Início da pandemia
• Progressão no país
• Dados de morbi-mortalidade ex. hospitalização, mortes, etc.
• Monitorizar
• Uso de vacinas e antivirais
• Eficácia e eventos adversos
• Resistência à antivirais.
Vigilância Virológica
• Necessidades: Suprir gaps geográficos e melhorar vigilância em áreas inadequadas .
• Atividades: Expandir/iniciar vigilância, treinamento, apoio técnico, desenvolvimento dereagentes, envio rápido de amostras; resistência viral .
• Resultados: Melhor distribuição temporal e geográfica de dados virológicos; detecção maisoportuna de variantes e novas cepas para vacina; definição de sasonalidade, impacto e valor das intervenções.
Integração vigilância animal e humana
• Necessidades: Melhor conhecimento dos riscos que oferecem os vírus de aves e suínos aos humanos
• Atividades:
– Iniciar/melhorar/integrar a vigilância de influenza em animais
– estudos interface humana/animal; virulência, genética, patogenicidade e transmissibilidade; treinamento e reagentes
• Resultados: Entender natureza e fonte dos vírus pandêmicos, detecção precoce de vírus potenciais e cepas de vacinas
Vacinas e antivirais
• Produção e abastecimento
• Diretrizes para usos prioritários
• Planejamento para armazenamento, distribuição e administração rápida
• Monitorização de uso, efetividade, reações adversas e resistência.
Planejamento de serviços de saúde
• Diretrizes para sistemas de saúde
• Locais e profissionais adicionais
• Diretrizes clínicas
• Controle de infecção
• Manejo de corpos
• Medidas de controle comunitário
Resposta de emergência:
• Manter serviços críticos de emergência
Comunicações:
• Planejar, treinar e implementar sistema de comunicações
• Preparo antecipado de material informativo e instrucional
Recomendações
• Desenvolver Planos nacionais de contingência
• Comitê multi-institucional e multisetorial
• programa de vacinações
• laboratórios de referência
• autoridade nacional reguladora
• serviços de atenção médica
• Eixos do plano de contingência• Mecanismos de gestão
• Vigilância epidemiológica
• Utilização de vacinas
• Utilização de antivirais
• Organização da rede de assistência
• Comunicação e difusão rápida da informação
Participação:
Marlo - setor de Prevenção e Controle de Doenças
Héctor - setor de Imunização e Vacinação
(Partilha de Conhecimento - Ibama)
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