Villa-Lobos nos trouxe a Teoria do Diagonal, onde, comparando-se a um plano cartesiano, o eixo x seria a massa, o eixo y seria o público e uma reta qualquer que cortasse os dois eixos em diagonal seria o povo. Sabendo-se destes dados, o que sou a partir da Teoria do Diagonal? A solução é muito simples para uns, não sendo o meu caso, tenho eu achado bastante complexa de se responder de imediato.
Analisando de uma forma que procuro focalizar público, massa e povo individualmente, sou pertencente a cada um deles, porém de uma maneira diferente a cada instante. Um bom exemplo de quando sou público é no instante em que poderia estar "lendo" um livro escrito em chinês sobre um assunto qualquer. Observa-se que, claramente não falo chinês e quem sabe um dia poderia ler um livro nessa língua e entender o que se passa no enredo. Logicamente, este é apenas um exemplo e não um fato concreto.
O momento em que sou massa, este parece não existir, porque massa é sempre massa. Poderia até ser citado o instante em que alguém, por exemplo, sai de um edifício no centro da cidade e, num segundo integra-se às pessoas que andam pelas calçadas; aquela "massa homogênea" em que não se observam as diferenças de cada indivíduo e sim a consciência de que somos todos iguais. Mas o momento em que sou povo, este já é, de opinião minha, um pouco diferente. Se o povo é uma reta diagonal que corta o público e a massa, há dois pontos em que toca em qualquer outro de cada eixo. É essa a diferença. O público sempre será uma constante, assim como a massa. Mas apesar de ser também uma constante em diagonal, o povo pode "deslocar-se" para a direita ou esquerda, tendo também seus pontos negativos e positivos e ser capaz de estar em um e outro ao mesmo tempo. Este é o que, por um momento, pode-se comparar à vida dos indivíduos e, apesar das diferenças, sou um pouco de cada um.
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